Lula lá...(drão)?

Lula lá...(drão)?
Marketing político
Dominação, desejo, aceitar o que o outro quer; filiação, militância, tudo isso se resume à servidão, muitas vezes incontida na maioria de nós.

*Por Didi Pasqualini

Tudo que é repetido muitas vezes acaba se tornando padrão e se incorpora às práticas e estratégias, em qualquer profissão. O título acima é uma referência a um vídeo que tem circulado pelas redes, não vou descrever o roteiro para não me alongar no texto, sugiro que assista ao filme clicando aqui. Este post também busca falar de estratégias de marketing político e não, ideologias, portanto cuidado com os rótulos para qualquer um dos lados.

Feita a advertência, é preciso entender que o marketing é uma ciência viva em constante mudança. Ou seja, o que até bem pouco tempo era considerado anormal na atualidade pode ser referência.

Esta padronagem é incorporada não só pela publicidade, mas pelos entusiastas de uma ideia, seja ela qual for. Neste caso pela reeleição de um e morte (política) do outro.

Os principais ingredientes para este tipo de estratégia são: deboche, picuinha, insulto, servidão, dependência, imposição de algo ao outro, necessidade de estar subordinado a outro, ou ainda a busca por estar ligado pela amizade a alguém, pertencer a um grupo social, impossibilidade de agir sozinho ou de produzir alguma crítica, entre outros...

Essa combinação engenhosa tem o poder de atrair, agregar e até mesmo de gerar fé. Isso fica claro quando o “personagem” diz no filme que um tem o “poder” de prender o outro.

Fora do contexto do marketing político, a psicologia, as tradições de nossa cultura e as práticas sociais podem explicar, com segurança, as profundas divergências que fazem parte de nossa realidade e as predisposições de cada um.

Porém, o resumo de tudo isso se assenta no desejo de formatar algo estratégico no marketing político, que está centrado na servidão voluntária. Quando alguém se dispõe ao domínio do outro, este aceita qualquer tipo de sacrifício. É quase pastoral, ou seja, há uma profunda necessidade de que alguém dirija, conduza e controle minha a vida. Não à toa que a maioria das religiões reivindica a condução das almas.

Quando encontramos este tipo de terreno fértil se torna fácil a adesão, filiação e a militância gratuita, como vistas nas principais cidades brasileiras no último 7 de setembro. Percebe agora a diferença entre o que é marketing e o que é propaganda no marketing político moderno?

** O autor é Jornalista, Redator Freelancer e Consultor em Marketing Político.

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