A propaganda que todo político precisa entender

A propaganda política
Guerra, terror e paz se constituem em poderoso instrumento da propaganda política.

*Por Didi Pasqualini

Um projeto profissional e competitivo na empreitada de uma candidatura é constituído por 3 fases distintas. A saber: o marketing político, eleitoral e governamental.

Todos precisam ser muito bem pensados. Lembre-se; os melhores argumentos são os mais poderosos e é preciso arte e ciência para saber apresentá-los ao eleitor.

É muito comum o político ficar preso à mídia como se ela fosse resolver todos seus problemas, o que na maioria das vezes não acontece. Se faltam projetos, a culpa é do setor de comunicação. Isso tem sido uma cantilena arrastada que muitos “consultores” usam como argumento para vender seu trabalho sem muito esforço.

O marketing tem a ver com tempo e posicionamento. Ele deve ser atuante nestas três fases ditas acima, mas com certa distância, pois precisa ser concebido como porta de entrada para projetos e posteriormente ser o seu catalisador junto à administração.

O que acontece normalmente é que a grande maioria das candidaturas é baseada na propaganda e seu impacto junto ao eleitor. O que é paradoxal, pois ela se apresenta como um remédio que logo adiante não pode ser administrado.

Isso porque o político tem de entender que não depende apenas dele para realizar a maioria das coisas que promete em campanha. Se tornou padrão exagerar naquilo que não pode ser feito, a buscar soluções viáveis para as localidades. O candidato, na maioria das vezes, se posiciona como aquele que vai ser melhor que seu antecessor e assim, imagina que vai resolver todos os problemas.

Como é necessário certa dose de exagero, criam-se expectativas e a frustração chega como fatura a ser cobrada. É por conta desta realidade que a administração pública atual nos traz a sensação de que é pior do que a anterior.

As câmaras são piores, os prefeitos o são e também o presidente.

O que resta é a propaganda. Quando não se consegue fazer nada, busca-se colocar venda nos olhos da opinião pública com certa carga ideológica. Apelam-se aos sentimentos para convencer as pessoas que a incapacidade tem de ser vista como representação do ideal, daquilo que não se consegue fazer.

Os atores políticos se viciaram nessa prática, e ela, de certa forma, tem servido para moldar os desejos das massas. Não é à toa que a política está desacreditada aos olhos da maioria das pessoas e como efeito é preciso, cada vez mais, carregar nas tintas ideológicas para passar a sensação de trabalhador, honesto, moderno, empreendedor e por aí vai.

A propaganda se constitui em um poderoso instrumento de mobilização das massas. Hitler, Pavlov, Lenin, Goebbels, Stalin, entre outros estão aí para nos contar.

** O autor é Jornalista, Redator Freelancer e Consultor em Marketing Político.

Redator freelancer | Marketing político

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