Digital marketing

Marketing digital
O digital possibilitou oportunidades a todos, porém sem investimento e planejamento a exclusão se mantém como no passado. Estar em rede não significa estar conectado às ideias.

*Por Didi Pasqualini

O marketing, tem por função transgredir, superar, alçar voos até onde o "limite" da criação possa chegar. Por limite entenda a experiência entre produto, consumidor, satisfação, crença, visão, submissão à marca, etc., etc., etc.

Há muito que o ponto de partida para o Marketing Político moderno, dentro de sua escala digital, vem sendo reformulado, porém a maioria dos candidatos ainda não entendeu o fenômeno e acredita que chegar ao eleitor é possível sem planejamento ou se pensando ainda na era Rádio, TV, Jornais e panfletagem. Esses veículos têm sua importância. O TikTok, por exemplo, investe pesado nos meios tradicionais, mesmo sendo "nativo" no mundo digital. E vem obtendo sucesso no planejamento. O inverso acontece com marcas seculares que entenderam que a mudança é importante para não desaparecer no mercado.

Se a sociedade em rede muda constantemente, precisamos perceber que a revolução não se deu apenas nos costumes. Hoje se faz necessário olhar pequeno nos gastos, porém grande nos resultados, mas fundamentalmente é preciso saber quantificar, testar, acertar e errar.

Construir métricas e engajamento, no Marketing Político na plataforma digital, fazem parte do universo da crença, fé e atração. O político precisa de adesão mais do que palavras vazias. Sua imagem pode criar ícones, transportá-lo à fidelidade, construir atalhos para sua mensagem. Esse conjunto simbólico se faz pelo marketing, portanto entender o seu papel é muito importante quando se busca iniciar uma empreitada eleitoral. Aconselho a leitura de outros artigos que estão em meu blog para não ser repetitivo aqui.

Outro aspecto muito singular no meio digital é a minimização do trabalho publicitário. No passado ele era responsável pela distribuição do discurso político, hoje, isso fica a cargo dos influenciadores, entre outros, que contribuem para transformar esta retórica, portanto, este é o primeiro, "se não", que tenho considerado aos meus assessorados. Claro que a propaganda tradicional, digamos, profissional, ainda é importante, mas é possível repartir os investimentos e apostar em uma linguagem mais natural e regional, no caso das campanhas no Estado, por exemplo.

Nas principais empresas já há o entendimento de que o "core" (núcleo) do marketing não deve ser terceirizado. Essa é uma tendência inversa ao que assistimos na década de 80 quando ainda trabalhava na Nevoeiro Serviços e Publicidade. Naquela época, devido aos custos, o marketing passou a ser terceirizado e as grandes agências assumiram total responsabilidade. Hoje, com o barateamento, acesso à informação e facilidades em rede, grandes marcas já têm seu próprio departamento e muitas em rede com vários países, o que possibilita múltiplas experiências.

No Marketing Político não deve ser diferente. Faço aqui um apanhado bem simples para o entendimento geral; o político precisa entender que ele é uma “cola” no processo junto às lideranças, que lhe dão votos e precisam estar grudadas a sua marca. Marketing e investimentos fazem esta conexão.

** O autor é Jornalista, Redator Freelancer e Consultor em Marketing Político.

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